sábado, 14 de junho de 2008

Quem pode, pode...

Ainda a questão da estagnação do País pelos camionistas. Quando se arroga e propaga aos sete ventos os princípios fundamentais do Estado de Direito Democrático – melhor, hodiernamente dito Estado Social de Direito – e mormente os direitos relacionados directamente com as liberdades de cada um, esquece-se por vezes, que o direito de se manifestar de uns, colide com o direito de não se manifestar de outros! Seria assim, e tudo correria dentro das mil maravilhas, caso, por vezes a teoria se ajustasse à prática, o que nem sempre acontece, como bem temos vindo a verificar durante os últimos dias.Deste modo, tem sido, vários os direitos coarctados a alguns e cumulativamente, como se não fosse o bastante, até a esfera jurídica dos bens pessoais, tem sido violada, veja-se o caso dos apedrejamentos a várias viaturas em circulação – o que só por si já tipifica um ilícito criminal, conforme a lei penal Portuguesa – chegando-se ao limite do tolerável, com a violação do próprio direito á vida, como aconteceu com o atropelamento fatal das últimas horas. Ao ponto que a natureza humana chega! Como já li por aí… “eh pa …francamente” é sinal dos novos tempos e tempos que demonstram o quanto o ser humano ainda é imperfeito.Como o poder é arma de sustentação de direitos, os poderosos, diga-se quem tem o poder de parar o País, vê as suas reivindicações atendidas, como é o caso dos camionistas, que já podem contar com a “preocupação” governamental no sentido de resolver os seus problemas, nem que seja à custa do cidadão que continuará a pagar, sem que seja recompensado num cêntimo. Pois é claro o “pobre” do cidadão, indefeso, sem poder para fazer valer as suas ideias e protestos, continua a ser o massacrado, ficando cada vez mais pobre. Então e os idosos, que sem condições de poderem sobreviver, não teriam também eles os direito a ser ouvidos? Teriam concerta, mas era se tivessem voz para se fazer ouvir e “parar” o País, mas não têm e como não têm, sofrem na “pele” o seu próprio cada vez maior empobrecimento.Já diz o ditado “Quem pode pode…”

Greve ou ilegalidade



O aumento exponencial dos combustíveis trouxe, novamente a classe operária para a rua. Desta vez foram os camionistas que fizeram a sua paragem, uns forçadamente pelos colegas, outros de livre vontade.Como em tudo na vida, o bom senso deve sempre imperar, no entanto nestas coisas nem sempre acontece que haja esse mesmo bom senso. O sentimento de irresponsabilidade e de anonimato, leva a que muitos dos camionistas, que por norma poderão ser pessoas pacatas, se envolvam em manobras e acções menos pacíficas, pois a sensação de força, que o sentimento grupal – de estar num determinado grupo – transmite, leva a que se pratiquem actos que podem estreitar a ilegalidade.Será que obrigar os demais condutores – que por força de uma salário tão parco como necessário ao fim do mês e como tal não podem ficar em casa – a estacionar o seu camião, é no mínimo ético e correcto? Já não colocando aqui a questão do look-out, pois essa sim é passível de punição, visto tratar-se de uma figura proibida por lei.Não se coloca a razão que assiste ao condutores e empresários de transportes, pois como todos os cidadãos sofrem na “pele” o aumento dos combustíveis, mas coloca-se em questão a forma como se decide coarctar a liberdade dos outros.Como todos sabemos a nossa liberdade termina quando violamos a liberdade dos outros e ao decidir-se bloquear o direito de locomoção que a todos assiste, entramos com certeza na liberdade do próximo.Haja, portanto, bom senso e ponderação nas atitudes, não deixando, no entanto de protestar e lutar pelos seus direitos e convicções, mas de uma forma que essas mesmas convicções sejam nobres e possam não sair manchadas pelos métodos usados.Por fim realçar o facto de saber quem vai pagar esta factura?
Pois é… é sempre o mesmo o consumidor final, que verá o aumento de todos os produtos, por um lado, porque o transporte é mais caro e por outro porque a escassez de produtos também irá influenciar o aumento do preço dos mesmos. Assim o principal lesado com estas duas vertentes é o cidadão que nada pode fazer a não ser aguentar-se!Que igualdade temos?

Produção vitivinícola da Qtª da Fraga


O processo de produção de vinho, na Quinta da Fraga, começa, com a plantação da vinha, o seu tratamento e posterior colheita da uva, para vinificação, conforme os métodos tradicionais e ancestrais, o que implica que o nectar produzido nesta Quinta, seja diferente de todos os demais da Região Demarcada do Dão

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