Novo processo de identificação de pessoas
Um 'Big Brother' que não se engana
Um novo sistema permite aumentar a posibilidade de as câmaras de vigilância reconhecerem identificarem pessoas.
Rui Cardoso
18:59 Segunda-feira, 24 de Mar de 2008
Os novos sistemas de vigilância vão ter imagens mais nítidas
Até agora os sistemas informáticos de reconhecimento de pessoas através da sua imagem fotográfica eram falíveis. Isto porque se baseavam na comparação de uma ou mais imagens-padrão de uma pessoa com as vistas captadas, por exemplo, por câmaras de vigilância. Bastava uma mudança de expressão, um fundo mais ou menos iluminado ou outra pequena alteração para a máquina não conseguir estabelecer uma comparação bem sucedida.
Investigadores da universidade escocesa de Glasgow citados pela revista "Science et Avenir" na sua edição de Março anunciaram um novo passo nesta área. A partir de várias fotos do mesmo indivíduo, conseguiram que o computador criasse uma imagem compósita, associando num mesmo ficheiro uma espécie de sobreposição de diferentes imagens. Testado o sistema, este revelou uma eficácia de 100%.
Os investigadores responsáveis, Bob Jenkins e Mike Burton, explicaram que o computador faz, basicamente, o mesmo que os seres humanos. Para conseguirmos reconhecer uma cara familiar em quaisquer circunstâncias, memorizamos, não uma só imagem, mas uma espécie de mosaico de imagens diferentes, captadas em diferentes ocasiões. De resto, sabia-se já, por observação de doentes, que há uma zona específica do cérebro que, uma vez afectada, impede que se reconheçam pessoas, mesmo muito chegadas.
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